Com o aumento do uso da tecnologia nas operações empresariais, o risco de ataque cibernético também cresceu. Por isso, empresas de todos os setores e tamanhos estão vulneráveis a essas ameaças, e a proteção contra elas tornou-se uma prioridade para os líderes empresariais no mundo todo.
Neste post, vamos te explicar melhor sobre ataque cibernético nas empresas: como ocorrem, os principais danos e maneiras para evitá-los.
O que é um Ataque Cibernético?
O ataque cibernético, também conhecido como violação ou invasão cibernética, explora vulnerabilidades tecnológicas para causar danos ou obter ganhos através de crimes digitais, como: roubo de dados confidenciais ou suspenção/destruição dados, causando interrupção das operações e perda de receita. Os responsáveis por estes atos, conhecidos como hackers, utilizam métodos cada vez mais sofisticados, exigindo medidas de proteção robustas e constantes.
Fatores que impulsionaram o aumento dos ataques cibernéticos:
- Sofisticação e diversificação dos ataques: hackers aprimoram continuamente suas técnicas, explorando desde falhas de software até engenharia social para comprometer sistemas e dados.
- Lucro Financeiro: ataques cibernéticos são frequentemente conduzidos para obter informações comerciais confidenciais ou segredos industriais, com a intenção de ter uma vantagem competitiva.
- Conflitos Políticos: grupos ou nações podem lançar ataques cibernéticos para fins políticos, como espalhar desinformação, minar a confiança das instituições ou desestabilizar governos.
Segundo dados da FortiGuard Labs, em 2023 o Brasil ficou somente atrás do México como o país da América Latina com o maior número de ataque cibernético, com mais de 60 bilhões de tentativas de ataques. Quando comparado ao ano de 2022, onde foi contabilizado 103 bilhões de tentativas, a quantidade de 2023 é inferior, porém mais preocupante.
Segundo os pesquisadores, a quantidade de ataques cibernéticos criados para objetivos específicos aumentou, os tornando mais sofisticados e com maior probabilidade de sucesso se as empresas não possuírem defesas de cibersegurança integradas, automatizadas e atualizadas.
Outra pesquisa, realizada pela Kaspersky Lab, mostrou que os ataques cibernéticos mais comuns em 2023 foram o malware e principalmente o phishing, tendo um aumento nos ataques de 617%.
Essas estatísticas mostram a importância das empresas investirem em cibersegurança, com esta medida preventiva, é mais seguro que estejam preparadas para responder a estes ataques.
Quando Começou os Primeiros Ataques Cibernéticos?
Os primeiros ataques cibernéticos ocorreram na década de 1980, nos Estados Unidos. Naquela época, a primeira invasão em peso registrada foi o vírus Morris, considerado o primeiro vírus da história da internet.
Segundo o professor Paulo Lício de Geus do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os hackers não buscavam reconhecimento e notoriedade, mas sim, um modo de chamar a atenção. “Eles invadiam sistemas e colocavam seus apelidos porque sabiam que podiam ser contratados por empresas que estavam desenvolvendo sistemas”, afirma o especialista.
No entanto, a partir dos anos 1990, o cenário dos ataques cibernéticos começou a se transformar dramaticamente. As invasões se tornaram mais frequentes e sofisticados, e os objetivos dos hackers se diversificaram, indo além da busca por fama. Entre os principais motivos para os ataques na época estavam:
- Manipulação de dados: os hackers visavam capturar informações das empresas, liberando apenas com pagamento da quantia determinada.
- Sabotagens: invasões eram utilizadas para causar danos a sistemas e infraestruturas, geralmente por motivos políticos ou de vingança.
- Espionagem: governos e empresas utilizavam hackers para obter informações confidenciais de seus rivais.
Principais tipos de ataques cibernéticos na atualidade
Ao longo das décadas seguintes, com a evolução da tecnologia e da conectividade global, houve um crescimento exponencial dos ataques cibernéticos. Hoje, os ataques podem ocorrer de diversas maneiras, como por exemplo:
- Malware: o malware é um software malicioso projetado para infiltrar, danificar ou controlar sistemas e dispositivos. Na prática, diversos vetores podem servir para essa finalidade: vírus, worms, trojans, spyware e ransomware.
- Phishing: o phishing é um ataque de engenharia social no qual os criminosos enviam mensagens falsas aos usuários, atualmente, o meio mais frequente é por e-mail. Os e-mails de phishing aparentam ser inofensivos, levando os usuários a clicarem em links maliciosos ou baixar arquivos infectados.
- Ransomware: o ransomware é um tipo de software malicioso projetado para bloquear o acesso aos arquivos ou sistemas de um usuário, geralmente por meio de criptografia, até que um resgate seja pago.
- DoS e DDoS: um DoS (Denial of Service) é um ataque cibernético que visa tornar os recursos de um sistema indisponíveis para os usuários legítimos, sobrecarregando-o com uma quantidade excessiva de tráfego, solicitações ou dados, causando uma interrupção ou queda de desempenho. Já o DDoS (Distributed Denial of Service) é uma variação desse ataque, onde múltiplos dispositivos comprometidos, também conhecidos como “bots“, são coordenados para inundar o alvo com tráfego malicioso, tornando-o inacessível.
- Spoofing: neste caso, o hacker se disfarça nas empresas, fingindo ser uma fonte confiável e conhecida do usuário. O principal tipo de spoofing é o de e-mail, onde o criminoso usa um endereço de e-mail falso, muito semelhante ao do remetente confiável. Assim, o usuário abre a mensagem, fornece dados, clica em links e abre anexos maliciosos.
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Quais os Principais Impactos Empresariais Causados Por um Ataque Cibernético?
Na era digital, onde as empresas dependem cada vez mais da tecnologia e armazenam grandes volumes de dados valiosos, o volume dos ataques cibernéticos só aumenta. Segundo pesquisa da seguradora Hiscox, os ataques cibernéticos visam principalmente ganhos financeiros, através de ameaças e exigências de resgate. Em média, uma violação, mesmo que de pequena escala, pode custar US$ 200.000 às empresas, levando inclusive ao fechamento de muitos negócios. Ou seja, diante deste cenário, a cibersegurança deve ser uma prioridade dentro das empresas, pois um vazamento de informações, por exemplo, pode causar danos irreversíveis, principalmente nos aspectos:
Impacto Financeiro
Ataques Cibernéticos podem ter um grande impacto financeiro nas empresas. Assim sendo, os custos envolvidos podem gerar uma onda de perdas diretas e indiretas, como:
- Roubo de dados financeiros: informações confidenciais, como dados de cartões de crédito e contas bancárias, podem ser roubadas e utilizadas para transações fraudulentas, causando prejuízos imediatos à empresa e aos seus clientes.
- Custos com remediação: investigar e remediar uma violação cibernética é um processo complexo e oneroso, envolvendo especialistas em segurança, recuperação de dados, notificação de clientes afetados e implementação de medidas de segurança mais robustas.
- Interrupção das operações: ataques podem levar à indisponibilidade de sistemas e dados, paralisando as operações da empresa e causando perda de produtividade e receita.
Um exemplo emblemático dos impactos financeiros de um ataque cibernético é o caso da Colonial Pipeline, operadora de um dos maiores oleodutos dos Estados Unidos. Em maio de 2021, a empresa sofreu um ataque de ransomware que a obrigou a suspender suas operações por vários dias, causando um desabastecimento de combustível na costa leste do país. O prejuízo total da Colonial Pipeline foi estimado em US$ 5 bilhões, incluindo o pagamento de resgate aos hackers, custos de remediação e perdas com a interrupção das operações.
Impacto Jurídico
Os ataques cibernéticos não se limitam aos danos financeiros e à perda de reputação. Elas também podem ter consequências jurídicas severas para as empresas. Diversas leis, como a LGPD no Brasil e a GDPR na Europa, impõem obrigações rígidas às empresas em relação à proteção de dados pessoais que possui, seja de funcionários, clientes ou parceiros. O descumprimento dessas leis pode resultar em multas pesadas, que podem chegar a milhões de reais ou euros. No Brasil, a LGPD prevê multas de até R$ 50 milhões para empresas que não estejam em conformidade com a lei.
Além disso, caso clientes e outras partes afetadas tenham seus dados vazados ou comprometidos e a empresa não tiver implementado as medidas de proteção e segurança adequadas, pode acabar sofrendo juridicamente com processos, indenizações, multas e até sanções regulatórias.
Impacto na Reputação:
A confiança é um componente essencial para a construção de relacionamentos sólidos entre uma empresa e seus clientes. Pois, ela se baseia na crença de que a empresa atua de forma ética, responsável e segura, protegendo os dados e as informações confidenciais dos seus clientes. Quando uma empresa é vítima de um ataque cibernético, essa confiança é abalada, com consequências devastadoras para a sua reputação, como:
- Imagem da marca: um ataque cibernético expõe a fragilidade da segurança da empresa, revelando falhas na proteção dos dados dos clientes. Como resultado, esta situação gera insegurança e desconfiança, levando os clientes a questionarem se seus dados estão realmente seguros com a empresa. A imagem é manchada, associada à falta de confiabilidade e incompetência na gestão da segurança cibernética.
- Perda de clientes: clientes insatisfeitos com a falha na segurança da empresa podem buscar alternativas em empresas que demonstrem maior compromisso com a proteção de dados. A perda de clientes pode ser significativa, impactando diretamente na receita e na lucratividade da empresa.
- Dificuldade de atrair novos talentos: profissionais qualificados na área de tecnologia e segurança da informação buscam trabalhar em empresas com boa reputação em relação à cibersegurança. Um ataque cibernético pode dificultar o recrutamento e a retenção de talentos, afetando a capacidade da empresa de se manter competitiva no mercado.
Como prevenir ou reduzir os impactos causados por um ataque cibernético?
Apesar dos ataques cibernéticos causarem grandes danos aos negócios, é possível se proteger e minimizar os impactos desses ataques através da implementação de estratégias eficazes de prevenção e mitigação.
Prevenção
- Adotar uma cultura de cibersegurança: conscientizar os colaboradores sobre os riscos cibernéticos e as melhores práticas de segurança. As campanhas podem ser direcionadas através de treinamentos regulares e campanhas de conscientização.
- Implementar um programa de segurança cibernética: um programa abrangente deve incluir medidas como firewalls, antivírus, criptografia de dados e controle de acesso rigoroso.
- Manter softwares e sistemas atualizados: aplicar atualizações de segurança regularmente é essencial para proteger contra novas ameaças e vulnerabilidades.
- Realizar backups regulares: fazer backups frequentes dos dados críticos garante a recuperação em caso de ataque.
- Ter um plano de resposta a incidentes: um plano detalhado para lidar com ataques cibernéticos minimiza o impacto e facilita a recuperação.
Mitigação
Mesmo com as melhores medidas de prevenção, ataques cibernéticos podem ocorrer. Em tais situações, a mitigação rápida é fundamental:
- Monitorar sistemas e redes: monitoramento contínuo permite detectar atividades suspeitas e identificar ataques em tempo hábil.
- Investigar incidentes rapidamente: agir rápido para conter o dano e determinar a extensão da violação é crucial.
- Comunicar-se de forma transparente: informar stakeholders sobre a violação com honestidade e clareza é essencial para manter a confiança.
- Aprimorar medidas de segurança: após um ataque, analisar falhas e fortalecer as medidas de segurança é fundamental para evitar reincidências.
- Buscar ajuda profissional: especialistas em cibersegurança podem auxiliar na avaliação de vulnerabilidades e na implementação de medidas de proteção robustas.
Como adotar cibersegurança no meu negócio?
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